Em 2019, as pessoas com deficiência eram cerca de 25% da população brasileira, de acordo com o IBGE.
Na época, os eventos presenciais já contavam com estratégias de acessibilidade, mas a gente sabe que muita coisa mudou de lá para cá. Principalmente por causa da pandemia do coronavírus…
Agora que os eventos híbridos e online têm ganhado ainda mais força e soluções tecnológicas, sabemos que eles têm potencial para unir cada vez mais pessoas, ampliando o alcance dos eventos e diminuindo as barreiras físicas.
Mas você já parou para pensar se o seu evento realmente tem atingido todo mundo? Afinal, essas transformações deveriam garantir, também, a inclusão e acessibilidade.
Pensando nisso, resolvemos criar um guia com 5 boas práticas para garantir a acessibilidade em eventos online. Por aqui, você vai aprender um pouco mais sobre:
Como já deu para perceber, um evento acessível é bom para todos.
Portanto, planejar eventos online com mais acessibilidade é bem mais fácil do que você imagina.
-> Confira o guia completo para organizar eventos online
Para isto, você pode prestar atenção em 3 pontos cruciais que já devem estar mapeados na organização do seu evento, são eles:
Para começar, o melhor a ser feito é conhecer o seu público. Ou seja, consultar as pessoas com deficiência sobre quais recursos elas utilizam e qual é a melhor maneira de atendê-las.
Nesse caso, você pode empenhar pesquisas de público, conversar com seguidores nas redes sociais, ou melhor, ter pessoas com deficiência na equipe de organização e coordenação do seu evento.
Afinal, a diversidade é parte importante para adicionar diferentes pontos de vista ao evento.
Além disso, é importante que toda a sua equipe esteja capacitada para garantir a acessibilidade.
Por exemplo, você pode ter intérpretes de Libras, além de pessoas responsáveis por verificar o formato correto dos documentos, fazer descrições e facilitar a interação entre os participantes.
Falando em descrições e intérpretes, esses pontos são essenciais na hora de pensar a comunicação do seu evento.
Embora muitas pessoas com deficiência contem com tecnologias assistivas, também é ideal que a organização pense em estratégias de comunicação mais inclusivas, apostando em diversas ferramentas.
No site de evento da Even3, por exemplo, contamos com o VLibras, uma ferramenta gratuita que faz a tradução automática da Língua Portuguesa para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Por fim, todas essas mudanças com certeza vão impactar positivamente a programação do seu evento.
Assim, com uma equipe preparada, diversa e bem comunicativa, provavelmente as suas atividades já serão acessíveis e sua única preocupação será em como torná-las mais criativas e atrativas.
Nesse caso, uma boa ideia é promover atividades culturais para todos, além de aprimorar seu evento com boas práticas para garantir a acessibilidade (e vamos falar delas já já).
Antes de começar a falar das boas práticas de acessibilidade para a sua organização, é importante que você conheça as soluções que já existem para tornar o seu evento online mais acessível, ou seja, as tecnologias assistivas.
Elas englobam um grande grupo de produtos, estratégias, serviços, metodologias e práticas que promovem mais autonomia para as pessoas com deficiência.
Assim, embora seja um grande grupo de tecnologias, no meio digital, é comum que vejamos os seguintes exemplos:
Como muitas vezes a tecnologia assistiva depende também dos dispositivos que o participante com deficiência tem, é importante que você garanta o mínimo de acessibilidade no site do seu evento e facilite a utilização das tecnologias assistivas.
Por exemplo, é interessante evitar imagens sem descrição ou utilização de “x” e “@” nas palavras, já que isso não é lido pelos leitores de tela.
Se tem uma coisa que a gente ama por aqui são os materiais de apoio nas transmissões online da Even3.
No entanto, para fazer com que todos possam ler o material, o ideal é evitar os arquivos em imagens, como o PNG ou JPEG, já que eles não podem ser lidos por leitores de tela.
Nesse caso, os formatos mais indicados são o PDF e o Word.
Para melhorar a comunicação e acessibilidade no seu evento, é necessário que você estimule a descrição.
Então, peça para que os convidados tenham a prática de começar a palestra se descrevendo, descrevendo o ambiente e, principalmente, os slides ou recursos visuais utilizados na apresentação.
Nas redes sociais, é comum que imagens sejam usadas na divulgação do evento e não há problema nessa prática! Mas o ideal é que o texto da imagem seja descrito após a #paratodosverem ou através de áudios, caso a plataforma permita.
Caso você não saiba como descrever, as boas práticas indicam que não é necessário falar sobre cada elemento visual, mas revelar o essencial e, principalmente, o que está escrito na peça.
Apesar de ser simples, é normal que nem todos saibam fazer descrições, por isso, uma dica é contratar empresas especializadas ou simplesmente praticar. Com o tempo, descrever será super natural para você e positivo para todos!
Quanto aos vídeos, há algumas alternativas para torná-los mais acessíveis:
Para as pessoas cegas ou com baixa visão, um recurso que pode ser utilizado é a audiodescrição, ou seja, uma faixa narrativa adicional com a tradução das imagens.
Nesse caso, você pode contratar uma empresa especializada e optar pelo formato de vídeo gravado, para facilitar na edição.
No entanto, se não é possível utilizar a audiodescrição, outra ideia é disponibilizar previamente um roteiro em texto como material de apoio para os participantes com deficiência visual.
Além disso, outro cuidado é tornar os vídeos acessíveis para pessoas com deficiência auditiva. Nesse caso, você pode optar por inserir legendas em vídeos gravados ou contar com intérpretes de Libras.
Quando não queremos apontar gêneros binários na comunicação, é comum adicionar caracteres x e @ nas palavras para representar todas as pessoas.
Mas essa intenção e esses caracteres não são entendidos pelos leitores de tela, que farão a leitura ERRO e não vão reconhecer o que está escrito.
Então, como alternativa, o mais indicado é utilizar a comunicação neutra, que usa o “E” para substituir o gênero nas palavras.
Além da prática da descrição, outra coisa super importante é falar o nome do apresentador durante as transmissões online.
Assim, pessoas com deficiência visual podem fazer a relação e a adaptação da voz ao nome da pessoa e sua descrição.
Com todas essas dicas de acessibilidade, com certeza o seu evento online vai atrair muito mais pessoas. Então, que tal começar a testar gratuitamente?