Você já ouviu falar em ISBN?
Escritores e produtores de conteúdos independentes já devem estar acostumados com essas 4 letrinhas. Até mesmo pesquisadores, que utilizam o ISBN com frequência quando precisam adicionar publicações ao Currículo Lattes.
Porém, se esse é o seu primeiro contato com o identificador, proponho o seguinte: pegue qualquer livro, aquele que estiver mais próximo a você.
Agora, em uma das primeiras páginas, busque a sua ficha catalográfica.
É por lá que você irá encontrar o ISBN, um conjunto de 10 ou 13 números, que individualiza as obras e publicações. Encontrá-lo e visualizá-lo “na vida real” facilita bastante o nosso entendimento sobre o identificador.
Uma outra forma, essa, ainda mais fácil, é acessar o código de barras deste mesmo livro, disponível na contracapa. Ele também vem acompanhado da numeração do ISBN da publicação.
Mas para que serve o ISBN? O que significa ISBN? Ele é obrigatório? Que obras recebem a numeração? Quais não recebem? Como obtê-lo?
Não se preocupe. Todas essas dúvidas nós tiraremos neste Guia Definitivo sobre o ISBN
ISBN significa International Standard Book Number. Traduzindo para o português, Número Padrão Internacional de Livro.
Basicamente, é uma numeração que identifica e individualiza os livros e outras publicações segundo autor, país, editora e número de edição. Ele funciona como um RG.
Isso significa que cada publicação possui um ISBN próprio.
As obras com a série numérica do ISBN são todas catalogadas e incluídas em um sistema reconhecido internacionalmente por mais de 200 países!
Isso só facilita o compartilhamento de informações das obras em diferentes sistemas ao redor do planeta.
Devido à sua atuação internacional, o ISBN é controlado por uma Agência Internacional, que delega funções a agências nacionais.
No Brasil, a agência responsável pela emissão dos ISBNs, desde 2020, é a Câmara Brasileira do Livro (CBL). Antes, esse papel ficava a cargo da Biblioteca Nacional.
É importante saber que, atualmente, o Número Padrão Internacional de Livro é composto por 13 números. Mas nem sempre a estrutura do ISBN foi assim. Até 2007, as obras eram registradas com apenas 10 dígitos.
No entanto, o volume gerado de identificadores foi tão grande, que foi necessário adicionar o prefixo 978 aos novos códigos.
Sendo assim, é bem provável que, nos livros mais recentes, por exemplo, você sempre encontre um ISBN que tenha o início 978.
Agora, se alguém se referir ao ISBN 10, você já sabe: são aqueles com 10 dígitos. Já o ISBN 13 são os de mais novos, de 13 dígitos.
Para que fique mais fácil de visualizar: os Anais da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UNIVASF, por exemplo, foram publicados em 2020 e possuem como ISBN a numeração 978-65-5941-167-2.
Mas o que, de fato, esse conjunto de números representa? A estrutura do ISBN é formada por 5 elementos. Tomemos como exemplo o código dos Anais da UNIVASF:
Porque representou um marco no mercado editorial. Após sua criação, ficou muito mais fácil organizar e aprimorar os processos de produção, distribuição, análise de vendas e armazenamento dos dados bibliográficos em todo o mundo.
Assim, independentemente do idioma ou do país onde você tenha publicado sua monografia, e-book ou livro físico, sua publicação poderá ser encontrada de qualquer lugar do planeta a partir desse código ISBN.
Basicamente, como já falamos aqui, o ISBN serve para individualizar publicações e catalogá-las em um sistema internacional.
Se formos fazer uma análise minuciosa de suas funções, podemos dizer que ele serve para:
Confira a lista completa das publicações que recebem ISBN de acordo com o site da Câmara Brasileira do Livro:
No caso das publicações monográficas, recebem ISBN exclusivos aquelas que possuam:
Não é toda publicação que está elegível para receber um ISBN. Ainda segundo a CBL, não recebem o identificador:
Em alguns casos, será necessário solicitar um novo ISBN. São eles:
O ISBN é gratuito? Infelizmente não! A CBL cobra para gerar cada ISBN e também para gerar o código de barras da publicação.
Na Even3 Publicações, a unidade do ISBN custa R$89,00 e já vem com o código de barras 🙂
O registro do ISBN, como já falamos aqui, é feito pela CBL.
Você, no entanto, pode solicitá-lo de duas formas: por conta própria (é um processo bem manual e mais burocrático) e pela Even3 Publicações, um produto que criamos pensando justamente em facilitar e desburocratizar esse processo.
O ISBN é um dos identificadores que fica pronto mais rápido!
Na Even3 Publicações, nosso prazo de atribuição padrão é de até 20 dias corridos, mas pode ficar pronto bem antes, dependendo da demanda!
Já tem o seu código em mãos e quer verificar se deu tudo certo com a atribuição de informações ao seu prefixo? Ou ainda, quer buscar um ISBN específico no banco de dados mundial?
Realizar a consulta do ISBN é bem simples! É só entrar no site https://www.cblservicos.org.br/isbn/pesquisa/ , da Câmara Brasileira do Livro, e pesquisar a obra por:
Para agregar ainda mais valor à sua publicação, existem outros elementos que a colocam dentro de padrões reconhecidos internacionalmente.
Talvez, o mais conhecido seja a ficha catalográfica. Como falamos no início no texto, ela costuma vir no início da publicação e traz um compilado de informações importantes acerca da obra. Ela pode ser gerada tanto para publicações físicas como digitais.
Ela é muito utilizada pelos bibliotecários como instrumento de organização e catalogação de acervos de bibliotecas e sistemas de dados.
Além da ficha, também existe o DOI ou Identificador de Objeto Digital. Ele é responsável por individualizar publicações que estejam disponíveis na internet. Ou seja, só obras que estejam disponíveis na web estão aptas para recebê-lo.
O interessante no DOI é que, além de atribuí-lo à publicação geral, você pode individualizar os capítulos de um e-book que foi escrito por várias pessoas, atrelando cada capítulo ao seu devido escritor. Ou também, no caso dos anais dos eventos, identificar cada artigo publicado nos anais.
Assim, os autores conseguem incluir mais facilmente as suas publicações em base de dados como a Lattes. O que está esperando para deixar a sua publicação ainda mais completa?