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Stranger Things: Conheça 3 fatos científicos de arrepiar

Provavelmente você já ouviu falar na série Stranger Things, da Netflix .

A série mistura ficção científica e terror e se passa nos anos 80. Tem como protagonistas quatro crianças que se envolvem na busca pelo amigo Will, que desaparece logo no primeiro episódio da primeira temporada. 

Stranger Things é ambientada na cidade de Hawkins, próximo à uma base secreta do governo norte-americano. Por lá, ocorreram experiências científicas de natureza diversas. Alguns acontecimentos que são apresentados na produção da Netflix possuem embasamentos científicos. 

Dessa forma, não poderíamos deixar de apresentar aqui três desses fatos. Assim, você já pode observá-los enquanto assiste à série. 

Leia logo antes que o Demogorgon apareça! 🙂

1. Mundo invertido: realidades paralelas

Na cidade de Hawkins, o “Mundo Invertido” é como o real, porém, apresentado de uma forma muito sombria. Lá vivem criaturas desconhecidas, sendo possível o contato delas com o mundo real em momentos específicos.

Essa concepção de mundos paralelos vem de uma teoria da física chamada: A Interpretação de muitos mundos (ou IMM). É uma interpretação da mecânica quântica que propõe a existência de múltiplos “universos paralelos”.

De fato, em um episódio de Stranger Things, o professor, o Sr. Clarke, interpretado pelo ator Randy Havens,  faz referência à Hugh Everett, físico que formulou a teoria.

No entanto, ao contrário do que prega Stranger Things, os universos paralelos nunca podem interagir entre si.

2. O Buraco de Minhoca

O termo “buraco de minhoca” (wormhole, em inglês) foi criado pelo físico teórico estadunidense John Archibald Wheeler em 1957.

-> Veja mais: Carreira de pesquisador: por onde começar?

Aliás, o nome “buraco de minhoca” vem de uma analogia usada para explicar o fenômeno.

Imagine uma minhoca que encontra uma maçã à sua frente. Ela pode dar a volta pela maçã ou pegar um atalho para o lado oposto da fruta abrindo caminho através do miolo, em vez de mover-se por toda a superfície até lá.

Conforme esta lógica, um viajante que passasse por um buraco de minhoca pegaria um atalho para o lado oposto do universo através de um túnel incomum.

Portanto, o Buraco de Minhoca é uma forma de acessar uma dimensão diferente da nossa.

Na produção de Stranger Things, esses buracos no espaço-tempo são grandes o bastante para que uma pessoa consiga atravessá-los. 

Mas, para que isso fosse possível, seria necessário uma quantidade de energia imensa. Só assim essa passagem se manteria aberta por tempo suficiente.

Esse fenômeno é abordado por Albert Einstein e Nathan Rosen. A partir da Teoria da Relatividade Geral, supondo que esse caminho entre as dimensões se concretizasse, uma viagem no tempo e no espaço seria possível, realizando, assim, o sonho de vários filmes de ficção científica.

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3. O campo magnético da Terra

Em certo momento da série, os meninos pedem  que o professor Clarke explique o que são viagens interdimensionais e se elas são possíveis. O professor explica que não é possível realizar uma viagem interdimensional, uma vez que, para isso, seria necessária uma enorme quantidade de energia.

No entanto, um dos meninos observou que o campo magnético local estava agindo de forma anormal, pois as agulhas da bússola não apontavam para o norte verdadeiro, mas sim para o laboratório.

A bússola possui um papel muito importante nesse elemento apresentado em Stranger Things. A abertura de um portal no espaço-tempo precisa de muita energia, gerando um campo magnético próprio atraindo a bússola.

A produção desse campo magnético em uma menor escala pelos Buracos de Minhoca é o que torna possível encontrar esses portais que ligam as dimensões em Stranger Things.

Lembrando que o único que pode ser provado é o Campo Magnético pelo uso da bússola, por exemplo. Tanto a Teoria das Realidades Paralelas quanto o Buraco de Minhoca se apresentam como um campo muito fértil de estudo na Física.

Alguns artigos para você saber mais sobre o assunto:

Teoria quântica da gravitação: Cordas e teoria M – Elcio Abdalla.

“Wormholes”: Túneis no Espaço-Tempo – Francisco Lobo e Paulo Crawford

Magnetismo na Terra Brasilis – Sérgio Machado Rezende

Agora que você já sabe como ocorrem alguns fenômenos que tal assistir a série com um olhar mais crítico?

Você pode usar esses conhecimentos através da pesquisa para produzir artigos que possam beneficiar a sua vida acadêmica, aprenda a produzir um artigo científico e impulsione a sua carreira.

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