Para os que participam da ciência e da pesquisa, é comum utilizar artigos científicos como fonte de estudo, e também como meio de divulgação de seus trabalhos.
Mas se você acabou de entrar nesse mundo, não se preocupe!
Reunimos aqui neste artigo, que não é científico, tudo o que você precisa saber para se atualizar sobre o tema, como:
Artigo científico é o trabalho acadêmico que apresenta resultados sucintos de uma pesquisa realizada de acordo com um método científico aceito por uma comunidade de pesquisadores.
Por esse motivo, considera-se científico o artigo que foi submetido a exame por outros cientistas. Eles verificam as informações, os métodos e a precisão lógico-metodológica das conclusões ou resultados obtidos.
Em geral, é uma produção curta que dificilmente ultrapassa 20 páginas.
Normalmente, é produzido com o auxílio de um professor orientador para, então, ser submetido para publicação.
Assim, ele será publicado em anais de eventos ou periódicos, e, nesse caso, armazenado em bibliotecas digitais, como o Scielo.
Para começar, você vai precisar encontrar uma área de estudo que seja do seu interesse e motive a sua pesquisa.
A partir daí, será mais fácil seguir o passo a passo:
Primeiro, você precisa saber que está escrevendo um artigo científico.
Por isso, é importante ao menos conhecer o seu formato e não confundi-lo com outros tipos de artigos, como o jornalístico, o artigo de opinião ou o artigo de divulgação científica.
Nesse último caso, a confusão é bem comum, mas há uma diferença grande: o artigo de divulgação científica é escrito para divulgar os resultados de uma pesquisa para o público leigo.
Sendo assim, a divulgação não precisa expor a metodologia detalhadamente, nem se ater às regras de um artigo científico, como as normas da ABNT.
Depois de ficar por dentro da estrutura de um artigo científico, ler diferentes artigos da sua área de atuação vai fixar ainda mais o formato!
-> Saiba onde buscar artigos científicos
Além disso, eles vão te atualizar quanto às novidades acadêmicas e serão uma ótima forma de obter referências bibliográficas ou fontes de pesquisas.
Agora que você já está por dentro da estrutura dos artigos e do conteúdo, é hora de começar a escrever.
Mas é preciso saber o que pesquisar e ser objetivo, para não perder tempo.
Por isso, o indicado é começar a desenvolver a pesquisa a partir do seu problema, ou seja, uma questão específica que você vai responder com o seu trabalho.
-> Formule o seu problema de pesquisa em 5 passos
As normas da ABNT são importantíssimas na hora de formatar seu artigo de forma adequada.
Portanto, não esqueça das 3 normas essenciais para os artigos científicos:
Lembre-se que alguns professores e avaliadores dão tanta importância a isso quanto dão ao texto em si.
Falando em citações, além das normas da ABNT, é preciso verificar se elas estão sendo feitas da forma correta, ou seja, entre aspas e referenciadas.
Afinal, plágio é a pior coisa que pode acontecer em relação a um artigo científico.
Nesses casos, invista em escrever da forma como você pensa e usando citações para fortalecer seu argumento, assim, seu texto ganha ainda mais força e prestígio.
Antes de finalizar, lembre-se de ler seu trabalho novamente e eliminar erros, como:
Como já falamos, conhecer a estrutura do artigo científico é ideal na hora da escrita.
Então, para te ajudar, listamos abaixo qual é a estrutura básica que os artigos científicos obedecem. Mas, claro, podem haver pequenas variações:
O título do trabalho deve ser o mais claro possível e deve permitir identificar o conteúdo do trabalho ou o tipo de informação que o(s) autor(es) pretende(m) discutir.
O título é seguido do nome completo dos autores, sua qualificação profissional, a vinculação institucional ou a menção da instituição em que o trabalho foi realizado. O e-mail do autor principal completa a identificação dos autores do trabalho.
A parte que antecede o “corpo” do trabalho, consiste de um resumo simples. Ele deve conter os principais dados e as conclusões do trabalho. A maioria das publicações limita o resumo a um máximo de 250 palavras.
Sua finalidade é permitir aos leitores conhecer o teor do trabalho sem precisar recorrer à sua leitura integral.
Além disso, o resumo serve também para classificar o trabalho e disponibilizar o seu conteúdo pelas diversas publicações e mecanismos indexadores.
Portanto, para favorecer a mais ampla divulgação do conteúdo do trabalho, muitas publicações solicitam que o resumo também seja apresentado em inglês (Abstract).
Essa é a primeira parte do trabalho propriamente dito.
Por isso, é um texto claro e sucinto e deve descrever os objetivos do trabalho.
Como o novo já diz, a introdução serve para introduzir o leitor ao tema da pesquisa, ao problema estudado, aos principais conceitos envolvidos e aos trabalhos já realizados até o momento.
Ainda, o texto pode indicar os motivos que levaram o autor a escrever o trabalho e pode descrever algumas das informações já existentes sobre o mesmo assunto.
Nesta parte do trabalho, que segue a introdução, os autores descrevem o tipo e a quantidade das observações feitas, bem como os métodos empregados para a sua coleta, registro e avaliação.
Mediante a descrição minuciosa dos métodos usados, o autor informa os leitores sobre os detalhes da obtenção dos dados em que se baseia o trabalho. Os detalhes devem restringir-se ao que é relevante ao trabalho.
Os resultados encontrados são relatados de uma forma organizada e sistematizada. Quando se estuda um grupo de casos ou de observações, os percentuais da ocorrência de cada observação também são relatados. A importância e o significado de certos resultados podem ser melhor avaliados pela análise estatística.
Outra parte super importante do artigo é a discussão.
Neste segmento do trabalho as observações de outros autores referentes ao tema do trabalho podem ser descritas, para comparação.
Assim, os resultados encontrados são detalhadamente discutidos e o seu significado é apontado. A discussão pode ser mais ou menos ampla, conforme o tema estudado.
Por fim, a análise dos resultados encontrados e o seu significado no contexto em que foram estudados levam às conclusões do trabalho.
Então, esta seção deve ser bastante clara e concisa e mesmo que os resultados não forem inteiramente conclusivos, isto deve ser apontado.
Ainda, há uma última parte do trabalho: a coleção de referências bibliográficas efetivamente consultadas.
Esta pode ser apresentada pela ordem de citação no texto ou pela ordem alfabética dos nomes do primeiro autor de cada referência. Deve-se adotar o padrão ABNT para citações e referências.
Agora, você sabia que até mesmo crianças já realizaram publicações científicas? Sob orientação de um professor, o Royal Society publicou um artigo científico escrito por crianças.
Ou seja, para que você publique um artigo, basta ter dedicação e encontrar o lugar certo!
Normalmente, os artigos são publicados em revistas científicas classificadas por área e podem ser nacionais ou internacionais.
No Brasil, as revistas são classificadas pelo Qualis, que nada mais são que procedimentos utilizados pela Capes para avaliar a qualidade dessas publicações.
Quando for publicar, procure selecionar periódicos que se enquadrem ao tema abordado. Assim que escolher a revista em que pretende publicar, consulte as normas de publicação, normalmente disponível no site da revista, pois cada periódico tem suas regras.
Além disso, uma opção muito comum para quem está começando é publicar o trabalho em congressos, simpósios, seminários e outros eventos da área, pois as regras normalmente são mais simples e as avaliações mais rápidas.
Você pode encontrar esses eventos no site do CNPq e no do Even3. Essas experiências podem ser registradas no Currículo Lattes, que você pode entender melhor no nosso blog.
Os avaliadores dos eventos, revistas e periódicos seguem uma linha geral de avaliação que é importante sempre atentar na hora de realizar as revisões finais do seu artigo:
Depois de publicar artigos científicos, você vai perceber que eles estão disponíveis em anais de eventos ou revistas.
Normalmente, as revistas são armazenadas em bibliotecas digitais, conhecidas também como bases de dados indexadoras de periódicos, como o Scielo, Web of Science e Scopus.
Embora esses artigos normalmente apresentem acesso fechado ou limitado, existem sites com acesso aberto, como:
Para uma lista mais completa de ferramentas e sites você pode conferir a lista 100 sites indispensáveis de pesquisa científica e acadêmica.
E, claro, já pode começar a escrever contando com a nossa ajuda. É só seguir o passo a passo que preparamos para você: