Você sabia que o Brasil é um dos países da América Latina que mais publica artigos em periódicos? Aliás, você já sabe o que é periódico?
Para começar, ele é fundamental para as produções científicas e é conhecido também como revista científica ou acadêmica.
Segundo um boletim da FAPESP, o Brasil está na frente dos principais países da América Latina em produção de artigos científicos, publicando mais de 90 mil trabalhos no Web of Science entre 2008 e 2010.
E sabe como esses artigos são divulgados? Através de publicações em periódicos!
Pensando nisso, você não pode ficar de fora, não é?
E nem é tão difícil quanto parece: embora os periódicos tenham regras próprias, há sempre como estudar, produzir e apostar na aprovação do seu trabalho científico.
Sendo assim, eu vou te ensinar dicas essenciais para entrar no mundo das publicações em periódicos. Saiba mais sobre:
- O que é um periódico?;
- Onde encontrar periódicos?;
- Como medir a importância de um periódico?;
- Como publicar o seu artigo científico em uma revista?;
- 6 dicas para publicar trabalhos em um periódico científico.
O periódico científico nada mais é do que uma revista científica. Mas não são essas revistas que encontramos nas bancas, tá?
As revistas as quais me refiro têm caráter puramente científico e também são chamadas de periódicos quando costumam ter publicações recorrentes.
Dessa forma, elas reúnem artigos científicos dos mais variados tipos, escritos por pesquisadores, cientistas e estudantes.
Por causa disso, os periódicos são como um acervo de alta qualidade e consultados por muitos outros pesquisadores.
Para isso, os critérios de avaliação das publicações nos periódicos costumam ser bem rigorosos.
Assim, ter um artigo publicado neste meio traz ainda mais autoridade e visibilidade para quem o escreveu, fazendo com que outras pessoas possam utilizá-lo como referência para o desenvolvimento das pesquisas.
Dessa maneira, o periódico é uma ótima escolha para todos os tipos de escritores, sejam eles iniciantes ou que já possuem uma longa carreira acadêmica.
Os tempos mudaram, não é? E para a ciência principalmente!
Antigamente, os acessos às revistas científicas eram apenas físicos.
No entanto, com o passar dos anos e a massificação da internet, é possível a consulta de periódicos online.
Mas eles não estão soltos em qualquer lugar da internet, ok? Tenha cuidado com as revistas que não estão indexadas!
Isto é, para garantir a qualidade, proteger o acesso a artigos e preservar seu conteúdo online, os periódicos são “armazenados” nas chamadas bases de indexação de dados.
Em outras palavras, os indexadores são sites confiáveis que reúnem um conjunto de títulos de periódicos que passaram por um processo de seleção.
Entre os mais comuns, temos: SciELO, Scopus e Google Acadêmico.
Vamos ver um pouco sobre cada uma?
SciElo
A SciElo, Scientific Electronic Library Online, é uma das principais bibliotecas digitais da América Latina.
Nela, temos acesso a produções científicas de diversos países, desde artigos até revistas completas, com uma metodologia própria de elaboração, avaliação e armazenamento dos projetos.
Scopus
A Scopus também entrega um conteúdo de qualidade e bem avaliado, inclusive, com uma classificação bastante conhecida, o CiteScore, que iremos abordar ao longo do texto.
Esta base de dados consegue reunir trabalhos por todo o mundo e dos mais diversos temas.
Google Acadêmico
Quem nunca procurou um conteúdo no Google e foi direcionado para a seção acadêmica?
Pois é, o Google Acadêmico também possui vários materiais disponíveis, além de facilidade de utilização e uma classificação própria dos projetos, o Índice h5.
No blog da Even3 tem um conteúdo completo, desmistificando a publicação de trabalhos no Google Acadêmico. Clique aqui e confira tudo!
#DicaEven3
Se você ainda não desenvolveu algum trabalho científico, explorar as bases de indexação e ler seus artigos são excelentes práticas para ter uma boa noção do que você irá produzir no futuro.
Cuidado com revistas predatórias!
Apesar de muitas opções disponíveis, algumas revistas não possuem validade científica. Na maioria das vezes, não há curadoria dos conteúdos, disponibilizando até pesquisas falsas.
Portanto, para saber se um periódico é confiável, verifique nas plataformas citadas anteriormente.
-> Conheça o que são as revistas predatórias.
Você provavelmente já ouviu alguém perguntar: “Qual é o Qualis desse periódico?”
Normalmente, o Qualis é a ferramenta mais popular para medir a importância de uma revista acadêmica.
Mas sabia que ela não é a única? Na verdade, há uma espécie de “hierarquia”:
- O Qualis é um cálculo feito pela Capes para medir a importância do periódico na produção científica brasileira;
- Os indicadores bibliométricos, índices calculados pelas bases de indexação, fazem parte do cálculo do Qualis e também medem a importância de uma revista.
Em outras palavras, os indicadores bibliométricos mensuram o desempenho das revistas científicas a partir da quantidade de citações que os artigos publicados nelas receberam.
Por fim, esse número é usado pela Capes na base do cálculo do Qualis Capes.
Mas, calma! Se você não conhece esses termos, eu vou te explicar tudo sobre eles.
Vamos começar pelos indicadores bibliométricos?
Existem vários tipos de classificações e, entre as mais conhecidas, temos: Fator Impacto, CiteScore e o Índice h5.
Fator de Impacto
O Fator Impacto é um cálculo da média de citações feitas dos artigos de um periódico em um determinado período de tempo.
Porém, ele é destinado apenas para revistas que estão no Web of Science, uma base de indexação que reúne produções científicas do mundo inteiro.
Dessa forma, para conseguir indexar o seu periódico lá, ele deverá, pelo menos, ter um título, uma editora, uma url, presença de política de revisão por pares e o mais importante: o ISSN.
O ISSN (International Standard Serial Number) é uma numeração que vai registrar e individualizar uma publicação de outra, válido apenas para trabalhos recorrentes, como periódicos.
-> Entenda tudo sobre Fator de Impacto e os seus benefícios para projetos científicos.
CiteScore
Assim como o Fator Impacto, o CiteScore também é um indicador que mede a potência de uma revista.
A diferença é que ele é calculado por outra base de indexação: a Scopus.
Na prática, o cálculo é bem semelhante: as citações realizadas entre 2017 e 2020 são divididas pela quantidade de artigos presentes no periódico registrado na Scopus.
Índice h5
Por fim, temos também o Índice h5, que é o número referente às citações de projetos indexados no Google Acadêmico.
Ele funciona com a mesma ideia de contagem dos outros dois, criando uma média a partir do número de referências feitas aos artigos daquele periódico.
Qualis Capes
Finalmente chegamos a ele! Mas, diferente das plataformas citadas anteriormente, o Qualis Capes não é uma base de indexação.
Ou seja, ele não “armazena” informações bibliográficas dos artigos e não adianta solicitar a inclusão da sua revista acadêmica no Qualis.
Na verdade, ele funciona como uma ferramenta de avaliação de programas de pós-graduação do Brasil e é desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Na prática, há dois indicadores da Qualis: o Qualis Periódicos (ou o novo, Referência), que nos interessa aqui; e o Grupo de Trabalho Qualis Artístico / Classificação em Eventos, englobando produções artísticas e anais de eventos.
Nesse caso, o Qualis Periódicos possui reconhecimento internacional e é responsável por avaliar a produção científica desenvolvida pelos cursos de pós-graduação do país.
Para isto, ele admite diferentes níveis de classificação para as revistas científicas, realizando esse cálculo a partir de diversos fatores, incluindo os indicadores bibliométricos.
-> Saiba mais sobre o Qualis Capes dos periódicos.
Após finalizar o seu trabalho, o primeiro passo é procurar revistas que tenham a ver com o seu projeto, umas possuem temas mais gerais e outras são bem específicas.
No sistema da SciELO, por exemplo, você vai encontrar uma lista das associadas à plataforma, onde poderá saber mais sobre e até se informar dos requisitos para a publicação.
Sendo assim, ao decidir submeter, o seu artigo será avaliado por alguns aspectos que variam de editora para editora.
Apesar dessas diferenças, é importante garantir um conteúdo:
- Ser objetivo e relevante;
- Ser inovador;
- Ter tido uma avaliação prévia de algum professor ou especialista;
- Seguir as normas ABNT.
Depois da submissão, é só aguardar a resposta da sua avaliação. Caso seja rejeitado, procure alinhar o seu trabalho de acordo com o que foi apontado pela revista e tente novamente!
-> Saiba tudo sobre como e onde publicar artigos.
1. Fique atento aos prazos
Como já expliquei, se é um periódico, ele terá postagens recorrentes. Por isso, é interessante ter atenção aos prazos das publicações e submissões de cada edição.
2. Verifique se o periódico realmente tem relação com o seu trabalho
O ponto mais importante para a escolha da revista certa é ter ligação com o seu trabalho. Ou seja, fazer sentido que a sua pesquisa esteja dentro do tema da revista científica.
3. Pense também na visibilidade
Definir o periódico pensando no número de assinantes também é algo a se levar em consideração.
Pela lógica, quanto mais usuários, maior é a possibilidade do seu trabalho ser visto. E isso é o sonho de todos os pesquisadores, não é?
4. Siga as exigências do periódico
Esteja atento às instruções e exigências de cada periódico para segui-las direitinho e submeter com maiores chances de aprovação.
Todo periódico deve indicar quais são as regras e formas de avaliação.
5. Garanta a exclusividade do seu trabalho
Caso o periódico que você deseja aplicar seja online, o seu artigo deve possuir o DOI, um identificador de objeto digital.
Ele é o responsável por tornar os arquivos permanentes na internet, uma vez que possibilita a criação de um link definitivo para um documento digital publicado.
Assim, seu trabalho torna-se único, garantindo a autenticidade, facilidade de localização e ainda contabiliza e indica as citações recebidas.
6. Que tal tirar o trabalho da gaveta?
Por fim, você já sabe o que é periódico, seus benefícios e como publicar o seu trabalho, então não tem mais desculpas!
Além de disponibilizar a compra dos identificadores, a Even3 tem um portal de publicações com diversos outros serviços para você se unir a mais de 70 mil autores.
Está esperando o que para dar o próximo passo na sua jornada científica? Clique no banner abaixo e publique seus trabalhos!
