Se você já começou a carreira acadêmica, em algum momento se deparou com a questão: o que é uma pós-graduação?
De acordo com o dicionário Oxford, pós-graduação é “a formação acadêmica e profissional oferecida àqueles que já concluíram um curso de graduação”.
Mas, na prática, você sabe o que isso significa?
Por exemplo, uma vez que você já terminou a sua graduação, será mesmo que você precisa de uma pós? Já sabe qual vai escolher?
Se você ainda está no início da sua pesquisa e em busca das respostas certas, este texto vai te ajudar! Saiba mais sobre:
- O que é pós-graduação?;
- A diferença entre lato sensu e stricto sensu;
- Como começar uma pós-graduação?;
- 4 dicas para escolher o programa de mestrado ou doutorado ideal.
Como já citei, a pós-graduação é uma espécie de conhecimento complementar à graduação.
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Afinal, deu para perceber que muitos assuntos são tratados de forma superficial durante a faculdade, não é?
Assim, é na pós que acontece um aprofundamento e especialização.
Dessa maneira, seu trabalho estará ainda mais qualificado e há mais destaque para profissionais com essa expertise no mercado.
Por isso, há muitos benefícios em fazer uma pós!
Benefícios da pós-graduação
- Networking e contato com outros projetos e áreas de estudo;
- Aperfeiçoamento do currículo;
- Maior reconhecimento na área;
- Aumento da remuneração;
- Aprofundamento em pesquisas e temáticas iniciadas na graduação.
Finalmente, a pós-graduação permite também a extensão do que foi aprendido durante a faculdade.
Ou seja, sabe aquele assunto que te interessava muito e você gostaria de saber mais? Talvez seja a hora de começar uma pós!
No Brasil, há diferentes tipos de pós-graduação e cada uma oferece ferramentas distintas para te ajudar a alcançar seus objetivos.
Como escolher a melhor pós-graduação?
Para escolher a pós-graduação ideal para você, primeiro é necessário pensar quais são seus objetivos com os estudos.
Por exemplo, se você deseja aplicar seus conhecimentos para exercer uma liderança profissional, talvez um MBA seja mais interessante.
Então, vamos às diferenças:
No Brasil, as pós-graduações são divididas em Lato Sensu e Stricto Sensu.
Lato Sensu
De origem latina, o “latu sensu” significa “sentido amplo”.
Na prática, essas são as pós-graduações que oferecem conhecimentos aplicáveis ao dia a dia profissional.
Assim, o foco está na técnica e na aplicação prática.
Formatos: especialização e MBA.
Especialização
A pós-graduação lato sensu mais conhecida é a especialização.
Ela é uma formação mais curta, normalmente com 360h, voltada para o mercado de trabalho.
Por isso, oferece conhecimento mais aprofundado em alguma área do conhecimento, mas de forma mais prática, aplicando o ensino no dia a dia do trabalho.
Por exemplo, quem é formado em educação pode se especializar em educação para algum público específico, como pessoas no espectro autista (TEA).
Dessa maneira, serão assimilados métodos de ensino dentro de sala de aula, práticas e instruções específicas.
Assim, os alunos que procuram esse tipo de formação normalmente querem habilidades e competências mais específicas para aplicar no trabalho.
MBA
Basicamente, o MBA é uma especialização voltada para a área de gestão e negócios.
Então, ela também possui um tempo curto de formação e aplicações práticas para o dia a dia do trabalho.
Contudo, seu público normalmente é de gestores, empresários ou profissionais de administração, contabilidade, marketing, entre outros.
Entre os principais benefícios de um MBA é o seu prestígio no mercado de trabalho, sendo quase sempre muito valorizado nas empresas.
Normalmente, os estudantes que buscam esse tipo de especialização estão sempre buscando inovação.
Stricto Sensu
Agora é hora de falar das pós-graduações “stricto sensu”, ou seja, aquelas que indicam um “sentido restrito”.
Nesse caso, o foco está em detalhar teorias, metodologias e entender os detalhes por trás de fatos.
Assim, as pós-graduações stricto sensu abordam os conhecimentos de forma mais exploratória, contribuindo para a pesquisa científica e acadêmica.
Eles devem ser recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e reconhecidos pelo Ministério da Educação.
Formatos: mestrado e doutorado
Mestrado
Certamente, o mestrado é a pós-graduação mais famosa.
Ele é voltado para formar pesquisadores, isto é, profissionais que investigam fenômenos a partir da ciência e fortalecem as produções científicas do país.
-> Veja também: Carreira de pesquisador: por onde começar?
Logo, desenvolvimento de vacinas, instrumentos de trabalho e as mais diversas tecnologias são produzidos por estes cientistas.
Por isso, os cursos de mestrado exigem um pouco mais de dedicação, pois o objetivo é desenvolver uma dissertação que conte com uma pesquisa empírica e contribuições para a área do conhecimento estudada.
Assim, normalmente é desenvolvido um projeto de pesquisa no qual o aluno vai trabalhar por cerca de 18 a 24 meses.
Por ser uma formação trabalhosa, alguns programas de mestrado exigem dedicação exclusiva e disponibilizam bolsas de estudo para seus pesquisadores.
Mas saiba: você não precisa fazer mestrado na mesma área da graduação!
Normalmente, esse é o caminho mais comum, pois você já tem familiaridade com o tema, mas tanto mestrado, como doutorado, podem ser em áreas novas para você.
Doutorado
Falando nele, o doutorado é uma formação além do mestrado.
Embora não exista obrigatoriedade de ter realizado um mestrado para ingressar no doutorado, ele normalmente é a etapa seguinte do mestrado.
Isso porque o doutorado apresenta algumas dificuldades a mais, como o domínio de línguas estrangeiras e o desenvolvimento de uma tese com contribuições novas para determinado tema.
Ele é equivalente ao PhD nos Estados Unidos e Europa.
Ainda, é possível fazer um pós-doutorado, no qual o pesquisador se aprofunda ainda mais na área de pesquisa.
Comumente, as pós-graduações stricto sensu são buscadas por quem deseja seguir carreira acadêmica.
Finalmente você deve estar pronto para escolher o tipo de pós-graduação desejada.
Mas preste atenção na qualidade dos cursos escolhidos:
- No caso das pós-graduações lato sensu o ideal é que sejam ofertadas por instituições reconhecidas pelo MEC. Você pode certificar-se aqui.
- Já para as pós-graduações stricto sensu, verifique aqui a nota atribuída pela Capes. Quanto maior a nota, melhor o curso.
Há mais algumas dicas que você pode seguir para selecionar o melhor programa de mestrado ou doutorado.
As pós-graduações stricto sensu compreendem programas de mestrado e doutorado.
Para fazer parte deles, você não precisa ter estudado na mesma instituição durante a graduação.
Então, para escolher um bom programa de pós-graduação, siga algumas dicas como:
1. Preste atenção na nota do programa
Os programas de pós-graduação são ofertados por instituições de ensino superior e são avaliadas constantemente pela Capes.
Normalmente, cursos com notas boas indicam alta produtividade acadêmica e bons professores.
Como consequência, eles possuem mais prestígio, networking e é comum que recebam mais bolsas de estudos.
Por isso também, quanto maior a nota de um curso, as provas são mais criteriosas e concorridas.
Esta é a tabela de notas da Capes:
3 | Regular |
4 | Bom |
5 | Muito bom |
6 e 7 | Excelência constatada em nível internacional (destinado somente aos programas com doutorado) |
2. Faça uma aula como aluno especial
Frequentemente, programas de pós-graduação abrem vagas para alunos especiais, isto é, que ainda não estão matriculados em nenhum mestrado ou doutorado.
Isso acontece porque cursar uma cadeira da pós-graduação é uma prática comum para:
- Se aproximar do programa de pós-graduação;
- Estudar e conseguir uma boa base para desenvolver seu projeto de pesquisa;
- Aproximar-se dos professores do programa e possíveis orientadores;
- Verificar a qualidade do programa antes de submeter seu projeto.
Ainda, os créditos obtidos poderão ser abatidos após a aprovação no processo seletivo e não será mais preciso ter essa aula novamente.
3. Converse com um possível orientador
Uma vez em contato com o programa de mestrado ou doutorado, o próximo passo é se aproximar de um possível orientador.
Assim, você saberá se o programa de pós-graduação tem interesse no seu projeto de pesquisa e, em alguns casos, até receber dicas e direcionamentos para melhorá-lo.
Também, alguns programas de pós-graduação permitem a escolha do orientador ainda durante o processo seletivo e, uma vez próximo do seu orientador, você já pode indicar sua vontade de continuar trabalhando com ele.
Essa proximidade será muito mais positiva para o desenvolvimento da sua pesquisa!
4. Melhore o seu currículo acadêmico
Por fim, garantir sua aprovação e até mesmo a escolha do orientador vai depender muito da avaliação do programa de mestrado e/ou doutorado.
Nesse caso, a maioria das instituições, principalmente os Programas de Pós-graduação em universidades públicas, fazem análise de currículo nas seleções.
Então, algumas experiências podem te dar pontos neste momento, como:
- Experiência com docência;
- Publicação em Anais de Eventos;
- Artigos publicados;
- Apresentação de trabalhos;
- Estágio;
- Monitoria;
- Programas de extensão universitária, entre outros.
Ainda, formações adicionais, como cursos mais específicos e workshops, podem te auxiliar a escrever seu projeto de pesquisa.
Isso porque esses conteúdos podem ser basilares para o seu projeto, oferecendo bibliografia e até a oportunidade de conversar com outros profissionais da área que podem te direcionar.
Por isso, escolha conteúdos gratuitos e com certificação para adicioná-los em seu currículo também.
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